Um canivete esquecido ou "Êta povo bão os de Belorzonte"
Como em todos os anos anteriores o Tio Olavo rumou, em dezembro de 1985, para a capital mineira para almoçar com seu irmão gêmeo, Tio Olivio pela passagem de mais um aniversário da dupla. Após encher a pança resolveu dar uma volta pelo centro de BH para fazer a digestão. Chegando à Praça da Estação, depois de ter caminhado quase hora e meia resolveu comprar meia dúzia de laranjas para aliviar a sede e adoçar a boca, já um tanto amarga pela poluição. Feita a compra sentou-se em uma banco bem ao lado de uma lixeira para, assim, descascar as frutas, sacando do bolso uma canivete que havia alguns anos tinha sido presenteado pela Dona Darquinha.(canivete bento adquirido em Paris..cida do Norte). Laranjas cascasdas, chupadas, bagaço e cascas na lixeira, o matuto se levanta e decide ir buscar sua mala para retornar, ainda aquela tarde, para a Abadia, onde desembarcou lá pelas dez da noite. Passou a noite na casa da Neuza do KiJoia, onde era tratado como se da família fosse, tendo à sua disposição um quarto com cama sempre limpa e arrumada. Como bom roceiro acordou às quatro e meia da madrugada, pegou sua bicicleta e tomou o rumo de casa lá no Buritizinho(onde nasceu e viveu seus 67 anos de existência).Ao desfazer a mala deu falta do canivete de extrema estimação. Matutou e chegou à certeza de tê-lo deixado naquele banco da praça pela chupada das seis laranjas. Passados sete dias voltou à cidade e, pesaroso, me relatou o imbróglio. Resolvemos, embora relutantes, ligar para o tio Olivio lá na capital e relatar o acontecido, o que veio a seguir parece mentira, mas posso jurar pela arma do tio Olavo que é a mais pura verdade: o tio Olivio fois até a Praça da Estação e, pelas dicas repassadas quanto a localização, encontrou em cima do banco o canivete do Tio Olavo.... Quem não acreditar é só perguntar para Eduardo do Zé Emídio que acompanhou o Tio Olívio na aventura.
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