velando o defunto Olavo...PARTE I

Caros internautas. como vocês leram, neste blog, prometemos contar em outra oportunidade como se transcorreu o velório do tio Olavo. Cabe ressaltar que neste espaço de tempo dois protagonistas citados anteriormente já trocaram de lado. São eles os responsáveis por eu ter retornado a postar estes causos, pois, juntamente com o tio Olavo, o Iraci(Roia) e o Zé Maria Combé, têm me cobrado tal atitude. Com a Inclusão Digital implantada por meu tio lá pras bandas de lá, tenho recebido inúmeros e-mails, cutucadas, sms, e demais coisas virtuais. Parece que aquele povo celestial tá remoçado, ou seja, como nossos adolescentes, ficam o dia inteiro, ora no face, ora no twiter, e, pra descansar, ora no celular...
Deixemos de encher linguiça e passemos aos fatos. Pois bem, na ocasião daquele fatídico acidente, a Polícia Civil estava meio que em greve, razão pela qual tivemos que aguardar um perito vir de Divinópolis para, assim, liberar o corpo do acidentado para os procedimentos veloriais. O atropelamento ocorreu por volta das 19:15 horas e tivemos que esperar mais ou menos umas três horas e meia pelo dito perito. Neste ínterim aconteceram dois fatos inusitados. No primeiro se atesta a condição de "santo" do tio Olavo. É que o Geraldo Galinha, que passava pelo local, avisou ao Welington P.(de pinto) Moreira do ocorrido e este imediatamente se deslocou em uma caminhonete D-20 para lá, estacionando-a na pista antes do corpo. No caminho o Welington ligou para Ewerson P.(idem obs. anterior) Moreira, popularmente conhecido por Xexéu, que, por sua vez se dirigiu para lá em um Fiesta parando-o atrás da D-20, também na pista. Este tratou de telefonar a seu pai, João P. Moreira(patriarca da família dos Pinto) e também à Regina do  Toenzinho para que fosse a Casa Lotérica me avisar. O seu João chamou a Dona Neusa e num Gol pegaram a estrada, estacionando antes do Fiesta. Logo após eu cheguei ao local, tendo passado antes na casa de minha mãe, para dar a notícia e levar Neida, minha irmã. O local do acidente estava bem sinalizado pela Polícia Rodoviária, com cones e luzes de alerta. Como o policial Joel necessitava de documentos do tio Olavo para lavrar a ocorrência e em virtude do impacto a carteira do acidentado ter sido arremessada para local incerto e não sabido tive que pegar o carro e ir até a casa da vó Fia, a uns quatro quilômetros dali, buscar os documentos originais(o tio Olavo carregava, sabiamente, somente xerox, pois se os perdesse ou fosse roubado, o trabalho era só tirar  outras cópias). Na volta deixei a Parati fora da pista e comentei com o Ewerson, que me acompanhara, que havia feito isto por precaução. Tão logo fechei as portas ouvimos um estrondo e olhando para onde veio o barulho vimos poeira e o povo que estava perto do corpo em pavorosa. Corremos para ver o acontecido e deparamos com a Neida em estado de choque e gritando:"outro acidente! num quero nem ver! quase que matam o tio Olavo de novo!" Realmente era fato a batida. Uma senhora, cujo nome não apurei, vindo de Abaeté em um Ford Focus, ignorando todos os sinais, entrou na traseira do Gol com tamanha violência que este se chocou com o Fiesta, que por sua vez chegou a amassar o para choque da D-20. E o milagre? Foi aí que aconteceu... Dona Neusa, pensando não ter coragem para ver o defunto insistira com o seu João para que a deixasse dentro do Gol, mas ele, talvez orientado pela alma do tio Olavo, a encorajou e, assim., ela desistira da ideia. Somente o susto pelo impacto poderia ter sido fatal, sem levar em conta o estado que ficou o veículo, dado como Perda Total pela |Seguradora. Não fosse esta "barreira automotiva" a Neida teria razão, pois a "exímia" motorista teria atropelado o tio Olavo novamente e, talvez, tivesse levado mais alguns companheiros juntamente com ele...
Este foi o primeiro milagre. O segundo vai ser narrado em outra postagem.Trata-se do primeiro chamego arranjado pelo novo santo casamenteiro...
O segundo fato inusitado foi a recusa das pessoas, na cidade, em acreditar que o tio Olavo tivesse morrido. É que ele brincava tanto com a morte que todos para quem dávamos a notícia, em vez de crerem, perguntavam como era o resto do causo.. Por isso, somente no dia seguinte quando o Tom(o locutor das boas e más notícias- via auto falante paroquial) anunciou a tragédia foi que a população martinhocampense soube que, com certeza, estava menor em um habitante... (para exemplificar vamos narrar uma peripécia: pilotando uma charrete, tio Olavo, ao galopar em frente ao bar do João da Nervina, foi interpelado por alguns amantes da cachaça, sinuca e prosa fiada, solicitando que o mesmo contasse uma mentira, apenasmente diminuiu a marcha e sapecou"- não vou poder parar pois tenho que apartar as vacas do pai e ainda quero passar no velório do Zé Tumba". Dito isto reacelerou a égua e seguiu seu caminho. Os interlocutores trataram de acertar as contas, fecharam o bar, e rumaram, inclusive o João da Nervina, para a Sapolândia - região próxima ao açude, à época habitada, quase que exclusivamente pela família Souza Vaz da qual o Zé Tumba era o chefe supremo. Grande foi a surpresa deles ao chegarem próximo a igreja da Cruz do Monte! Ali, abrindo o cadeado para fechar o registro do serviço de distribuição de água, estava o Zé Tumba, vivinho da silva!  Posteriormente indagado sobre o imbróglio o tio Olavo explicou: "a pressa era verdadeira! Só que eu não gosto de deixar meus amigos tristes, daí inventei a morte do Zé....").

ESTA É A PARTE I DO CAUSO, 85% VERDADEIRO.(BREVE RETORNAREMOS
        l

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog