Dos
muitos namoros do Olavo do Zeca, um, por muito pouco não terminou no altar...
Trata-se do chamego do danado com a Tia São, à época viúva do Geraldo Davi. Por
causa da timidez dos dois pombinhos, não sabemos se pela pouca idade, pouco
mais de 120 anos no total, ou pura inexperiência, foi necessário que
interferíssemos para o desenrolar do enlace. Nossa função era fazer a
aproximação do casal, cuidando para que o namoro tomasse a direção correta.
Chegamos a influir desde a escolha da data para o provável casamento, até na
escolha da quantidade de filhos que o futuro casal iria procriar... seriam
dois, um menino homem , o Rivonaldo e uma menina mulher, a Rivonilda. Estava
tudo indo tão bem que no planejamento da vida a dois já estavam programando até
os festejos para as Bodas de Ouro. Isto porque havia transcorrido na ocasião
uma grande festa lá no Clube do Abadia para comemorar os cinqüenta anos de
casamento do Joaquim Nazário, onde o Olavo após observar alguns fatos
chegou à seguinte conclusão: -“quando for a nossa vez, a gente não vai fazer
esta festança não. Fica muito caro e por mais farturenta que for vai ter sempre
um convidado pondo um defeito... Vamos fazer o seguinte: eu, a São, o
Rivonaldo, a Rivonilda e os netinhos, se tiver, nos reuniremos lá na Pizzaria
do Dedé e aí nós comemoramos comendo uma pizza... fica muito mais em conta...”
Mas como
depois da calmaria vem a tempestade, o castelo de sonhos dos nubentes
desmoronou... O motivo: a lua de mel! Enquanto a Tia São queria ir para o
Pantanal Mato-grossense, onde estaria matando saudade dos alagados existentes
há alguns anos lá pras bandas do Caibral (que a desmedida cobiça dos nossos
governantes destruiu), além de poder ver muito gado, o bonitinho do Olavo
queria ir para a Disney World!!! Isto foi a gota d’água! Fim do namoro! E com
uma pequena confidência da Tia São: -“Geraldo, seu tio não está apaixonado
pelos meus olhos azuis e sim pelas minhas verdinhas” (e foi fazendo
aquele gesto de esfregar o dedo indicador no polegar que caracteriza dinheiro).
E assim
terminou mais um dos muitos namoros do Olavo do Zeca...
Nem tudo é o que parece ser...
Este
causo contado pelo Tio Olavo chegou a ser utilizado na área do judiciário para
exemplificar o por que de a Justiça ter os cuidados necessários para
julgamento, pois muitas das vezes as aparências enganam. Senão vejamos: o seu
Zé, casado com dona Zifirina, tinha uma vaquinha que era um mimo. Mansa sem
igual. Daí o nome de “Mimosa” lhe caía como uma luva. Seu Zé nunca gastou
“peia” para tirar o leite. Era só chamar que ela vinha, adentrava o curral, e
passivamente esperava seu dono espremer suas tetas sem nenhum mugido. E
assim corria a vida, naquela tranqüilidade, até que sucedeu um fato bem
pitoresco. Seu Zé levantou no horário de sempre, pegou o balde, foi para o
curral e chamou a Mimosa. Ela veio como de costume e se colocou no lugar
habitual. Até aí tudo normal. Nada de novo. Só que quando o seu Zé levou as
mãos nas tetas a Mimosa lhe enfia o rabo nas fuças. Ele, também possuidor de
uma calma invejável, somente ponderou:“Mimoooosaaa”!!! Segunda
tentativa. Segunda rabada! Seu Zé, ainda calmo, olha pra cima e resolve amarrar
na linha da coberta o rabo da vaquinha. Põe o banquinho atrás da Mimosa,
pega o rabo e sobe no intuito de terminar o serviço. Foi aí que lembrou que não
tinha corda, pois afinal a vaca não necessitava. Então raciocinou rápido, tirou
seu cinto, mas sem se lembrar que sua calça estava desprovida de botões na
braguilha e para culminar ele havia se esquecido de por as ceroulas. Quando vai
arrematar o nó, suas calças arrearam!!! Foi aí que dona Zifirina chegou na
beira do curral....
O tio
Olavo, apesar de meio roceiro, gostava, de vez em quando, de dar um pulinho a
Belo Horizonte. No seu aniversário, em 06 de dezembro, geralmente ele ia pra
lá, passar o dia com seu irmão gêmeo, Olívio. Ia sempre na véspera pois na
noite natalícia tinha que estar lá na roça para receber os amigos que sempre
iam para uma noitada de causos, invariavelmente regados por “louras”,
‘branquelas” e “amarelas”, carne assada ou cozida, galinhada(de pena) e etc.
Ele não tinha carro, mas sempre que conseguia uma carona não achava ruim, pois
assim economizava uns trocadinhos da passagem. Isso quase sempre acontecia por
que quem oferecia a carona sabia que a viagem seria bem mais animada, pois o
tio ia contando seus causos e, assim, um percurso de mais ou menos duas
horas passava como se fosse dez minutos. Assim sendo no dia 5 de dezembro de
2001 o Helinho de Barros retornava de sua fazenda, lá pras banda do Buriti
Grande, com destino a BH, quando aproximava da Lagoa do Junco avista o Olavo do
Zeca em sua bicicleta, com uma sacola de roupas na garupa. Resolveu parar a
caminhonete para trocar um dedinho de prosa e daí descobriu a intenção da
ciclista de ir para BH. Passaram na casa da Maria do Ziquinha para deixar a
bicicleta e seguiram a viagem. A primeira “verdade” terminou pouco após o
escritório da CAF(hoje IMA) logo quando começava a descida do Jeruminho e foi
aí que o tio Olavo observou que o Helinho estava descendo com a marcha
engrenada. Então teceu o seguinte comentário: “ô Helinho, cê sabe que eu num
tenho carteira de motorista, mas nem purisso eu deixo de observar. O meu irmão
quando pega um descida grande que nem essa, põe o carro na banguela pra
economizar gazulina”. Conselho aceito tratou o motorista de por a
caminhonete no ponto morto e a narrativa de causos prosseguiu. A prosa estava
tão boa e as mentiras tão verdadeiras que o Helinho só foi lembrar de engatar
marcha quando estava chegando na CEASA!! Duvida? Pergunte ao Helinho....
S.O.S na MG-164 ou do Engenho até
Abadia
Certa
tarde, estando o Olavo voltando de Bom Despacho, na subida do Engenheiro
Ribeiro, já após o vilarejo, teve que parar sua bicicleta para ver o que estava
acontecendo com um destes muitos caminhoneiros que transitam pela MG-164, na
maioria das vezes vindo do sul com destino ao nordeste. O tal motorista, como
cearense avechado que era, se chamava Francisco, pouca estatura, cabeça chata,
após os cumprimentos de praxe foi logo narrando o seu aperreio: “Mineirin o
motor da minha carreta deu prego e ninhum carro pára para me socorrer”. Em
vão, ambos, sinalizavam a quem passava... E a noite estava quase chegando... e
isto fez o Olavo tomar uma decisão brilhante. Amarrou, com um cabo de aço bem
resistente, a carreta, destas conhecidas por bi trem, na garupa de sua
bicicleta, pediu ao Francisco para se acomodar na buléia, e montando na magrela
disparou a pedalar, com a intenção de chegar na oficina do Alex, ainda de dia,
para assim consertar o motor. A distância era pouca, não dava mais que
uns 22 KM...Nas proximidades do Buriti Grande, tendo que olhar para trás,
para verificação do trânsito, pois teria que ultrapassar um ônibus da Viação
Sertaneja, que insistia em andar a 80KM por hora, pode observar uma camada
espessa de fumaça atrás da carreta. Daí ele disse pra si mesmo ‘‘tenho que
apertar mais o pé, pois parece que o motor tá fumegando”. Só que ele
estava totalmente enganado! E só descobriu isto ao estacionar no pátio da
oficina do Alex. O danado do cearense, vencido pelo cansaço, adormecera dentro
da cabine e tinha esquecido de
Geralmente
os escritores começam suas narrativas biográficas numa ordem lógica, ou seja,
nascimento, vida e morte, mas vamos inverter aqui a seqüência das coisas, pois
foi exatamente com a passagem do tio Olavo de cá para lá que demos conta de sua
real importância para os muitos privilegiados que tiveram o prazer de
conhecê-lo.
Pois bem,
no início do mês de junho do ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de
dois mil e quatro, mais precisamente no dia três, reuniu-se a A. G.
C.(Assembléia Geral Celestial-`cê tava achando que é só aqui na terra que o
povo usa siglas?, `cê se enganou...). Sendo verificado o quorum, passou-se à
ordem do dia que era mais ou menos como, se realizada entre nós
terráqueos, uma puxada de orelha ou lavagem da roupa suja. Então JC chamou ao
plenário o Antônio e foi logo abrindo o verbo:
- Antônio, analisando o R.C.A.P.(Relatório
Celestial de Atividades Pertinentes) ficamos estarrecidos com a quantidade de
casamentos mal conduzidos, pois seu departamento está aceitando casais nada
convencionais, é um tal de casar homem com homem, mulher com mulher,
celibatário e irmãs de caridade, simpatizantes ou não, etc. O que você tem a
dizer?
Aí, Santo
Antônio, com aquela humildade que lhe é peculiar, argumentou:
- O Senhor sabe, né, Mestre... eu
estou nesta função há mais ou menos uns setecentos e quarenta e sete anos, quatro
meses e três dias; se isso fosse lá em baixo eu já poderia estar aposentado há
bastante tempo...
E JC, que
têm o coração bem mais compreensivo, ponderou:
- Pois bem, Antônio, você está
coberto de razão. Vamos formar a C.L.C.(Comissão de Licitação Celestial)
composta por você, o Inácio de Loyola e o Francisco de Assis, para assim
arranjar um substituto.
A
Assembléia teve prosseguimento, mas o assunto que nos interessa já está
decidido, razão pela qual deixaremos a dita A.G.C. de lado e vamos passar a
desenrolar os acontecimentos ligados à dita substituição. E, já no dia
seguinte, pelas primeiras horas da manhã, reuniu-se a C.L.C. sob a presidência
do Antônio para procurar uma alma pura à altura do cargo.
Primeira atividade – escolher a cidade onde procurar a alma piedosa e
vocacionada. Para ganhar tempo começaram pela letra “A” e logo escolheram
Abadia(que lá na Corte celeste, em função de negligência do arquivista de
plantão, é o mesmo que Martinho Campos).
Segunda atividade – escolher o substituto de Santo Antônio. Tarefa árdua. Para
isso lançaram mão de um catálogo semelhante ao telefônico pela colocação dos
nomes em ordem alfabética, porém sem discriminação social, pois possui os nomes
e endereço de todos os moradores do município, independente de cor, religião ou
preferência sexual. Começando a busca pelo começo é evidente que a letra “a”
foi a primeira a ser pesquisada. Como tinha muitos nomes decidiram tirar
ao acaso uma ficha e foi assim que o sorteado foi o Antônio Alves Costa. Lendo
os dados e pesando tudo acharam por bem descartá-lo, sendo colocada a seguinte
observação na Ata, após debate entre os integrantes da C.L.C.: “indivíduo
qualificado para a função em razão de seu caráter, porém trata-se de pessoa de
meia idade com filhos ainda adolescentes, bem casado, ou seja, merece a chance
de viver outros quarenta anos”.
Como o tempo estava curto, pois já estava quase na hora do almoço, para
encurtar o serviço, decidiram tirar apenas mais duas fichas, para assim terminar
os trabalhos. Foi aí que apareceram os candidatos Iraci e Olavo. Já estavam
quase decidindo pelo Iraci Barbosa, uma vez analisada sua vida pregressa,
quando passava por ali aquele santo que “tem que ver para crer”, e largou a
seguinte observação: “- Esse homem não pode vir para cá, pois se
continuar a fazer aqui o que ele sabe fazer lá na terra, vai ser um ‘Chefe’ nos
acuda, com a quantidade de santo caindo lá pra baixo e não querendo mais voltar
para cá; ou vocês se esqueceram que ele é o “Roia”, furador de
cisternas?” Assim ficou o dito pelo não feito, ou seja, descartaram o
Iraci e passaram a analisar o Olavo e eis o que passou a fazer parte da Ata –
“Olavo do Zeca, filho do Zeca Fortunato e da Dona Fia, 67 anos bem vividos,
sujeito humilde, pobre de marré-de-ci(suas posses não vão além de uma bicicleta
velha, 12 galinhas, 1 galo, a Duquesa-cachorra que sempre o acompanhava-, e uns
poucos móveis), o que facilitaria o inventário, contador de causos, piadas e
outras mentiras(isto pesou bastante na escolha, uma vez que as piadas lá no céu
já estavam um tanto batidas, precisando urgentemente de uma reciclagem). Este é
o candidato!”.
Terceira atividade – Providenciar o falecimento do futuro casamenteiro. Como
fazê-lo? Tarefa difícil, pois o Olavo gozava de boa saúde, com todos os órgãos
em pleno funcionamento, não tendo, portanto, uma doença como desculpa para a
sua morte. Mas já estava decidido. Ele é o cara. Depois de várias propostas
sobre o “como fazer a transposição” acabaram por optar pelo óbvio: acidente de
trânsito. E assim trataram de preparar o acontecimento, convocando por
telepatia(não é serviço de telemensagem pá tia) todos os integrantes diretos ou
indiretos da peleja. Sabendo que o Olavo viria a Martinho Campos para prestar
solidariedade à família de Dona Ambrosina, enterrada ao meio dia daquele
fatídico cinco de junho, trataram de por em prática o combinado. Lembraram ao
Antônio Costa, lá p’ras bandas de Papagaios, do aniversário de seu irmão, como
pretexto para que este se deslocasse de lá para levar-lhe uma lembrancinha como
também um abraço pelos seus “anos”. Arquitetaram com o Ewerson, mais conhecido
por Xexéu, do Ki Jóia, para que levasse o Olavo a passear em sua fazenda,
retardando assim, o retorno dele para a casa onde morava. Dito e feito.
Ficaram lá para as bandas do Porto da Andorinhas até de tardinha. Foi aí que
a Dona Neusa, mãe do Ewerson, quase atrapalha o desenrolar das coisas
pois, vendo que a noite já estava quase caindo insistiu com o Olavo para
que deixasse para voltar à sua casa no dia seguinte. Foiem vão. Ele ainda
chegou a afirmar que ela não precisava se preocupar pois os seus olhos enxergavam,
à noite, bem mais que os faróis de um Fiat 147. E assim nosso amigo pegou suas
trouxas, montou na bicicleta, abreviou a Duquesa para que o seguisse e tomou
seu rumo. Antes de adentrar pela rodovia MG-164 ele deu uma passadinha na casa
de seu sobrinho, José Jacintho, e pelo que se tem notícia, salvo prova em
contrário, ali aconteceu a sua última anedota. Estava ali a filha deste
herdeiro que vos relata o acontecido, uma menina chamada Bárbara, bonita de dar
dó, que aproximando argüiu o cidadão:
“- Tio
Olavo, o senhor é muito covarde. Por onde o senhor vai de bicicleta a
Duquesa(se não se lembram é a cachorra) vai atrás! Por que o senhor não faz uma
caridade e compra uma bicicleta para ela?”
Como
sempre, houve o troco, na bucha:
“- Bárbara,
eu estou fazendo melhor. Como eu já estou ficando meio idoso, achei por bem
matricular a Duquesa lá na Auto Escola Silvana do meu amigo Nico. Hoje, por
exemplo, ela já deu conta de passar no exame do ‘piscoteko’, agora só falta o
exame de rua. Assim que ela tirar a carteira o Olívio Henrique vai me dar
um automóvel para ela ‘choferar’ e levar a gente por esse mundão afora.”
Assim era
o tio Olavo. Não deixava ninguém sem resposta.
Feitas as despedidas tomou seu rumo, assobiando, com sua alegria de sempre, mal
sabendo que aquelas seriam as últimas novecentas e oitenta e quatro pedaladas
que daria aqui na terra.
Doze minutos depois o Antônio Costa, em seu Kadet vermelho tomava a
mesma rodovia com intenção de chegar à fazenda do seu irmão aniversariante, lá
para as bandas do Cervo. Pobre Antônio, o destino estava para lhe pregar uma
peça, com conseqüência trágica. Ao trespassar por um veículo o Antônio foi
acometido pela cegueira noturna. Quem dirige sabe que o pior horário da
“choferagem” é nos primeiros minutos da queda da noite. E isto foi fatal. Numa
fração de segundo percebeu que a sua frente ia um vulto, provavelmente, um
ciclista. Deu um golpe na direção para a direita, mas não pode evitar o
atropelamento. O canto do pára choque, bem próximo do farol esquerdo,
pegou a roda traseira da bicicleta empurrando o aro até o eixo. No impacto o
Olavo do Zeca foi jogado para cima, caindo atravessado no asfalto. A bicicleta
ficou às margens da rodovia e o Kadet caiu à direita, numa vala a
três metros e meio da estrada. A disposição do corpo, o estrago na bicicleta e
o local onde foi parar o carro comprovam claramente que o Antônio foi tão
vítima quanto o tio Olavo.(mesmo assim não gostaria de estar na pele do
Antônio, pois sou testemunha, não de Jeová, mas sim do sofrimento que tal
acidente lhe causou. É muito difícil, se você tiver um mínimo de sensibilidade,
passar por este calvário).
Me esqueci de um detalhe: quando o corpo do Olavo subiu, invisível a nós
mortais, ali estavam sete(parece mentira, mas é verdade) Anjos para
buscar sua alma, de modos que somente sua carcaça caiu no asfalto, para que
nós, seus familiares e uma infinidade de amigos prestássemos uma última
homenagem.
O velório e o enterro dá outra estória à qual retornaremos mais adiante.
Passados quinze dias, tio Olavo baixa na casa do Zé Maria do Combé, caboclo
porreta que não tem medo nem de gente viva, quanto mais de gente morta! Ainda
mais se tratando de seu amigo de tantas noitadas de farra, cervejada, para não
dizer cachaçada, e anedotas! E por ele foi mandada esta mensagem:
“- Avisa para o meu povo que não fique triste com minha ausência. Eu
estou num lugar que é realmente um paraíso! É muito mais bonito e tranqüilo do
que a Dona Darquinha(que ensina catecismo) havia me dito quando da minha vida
terrena. Fiquem em paz! Eu só demorei a dar sinal de “vida” por causa da minha
função na Corte Celestial ......(parte já relatada anteriormente)... Quero
mandar dois avisos, um para meu herdeiro e outro para a Tia São. Geraldo
Marques você fica encarregado de escrever minhas memórias(Vê se não mente,
viu?) e propagar a novena para as moças e rapazes, também, oras bolas,
necessitados de um par, eterno, enquanto dure. Como a tia São não quis casar
comigo e aqui onde estou não podemos ter sequer uma pequena mágoa no coração,
vou tratar de arranjar um noivo para ela só que com uma condição. Os dois
filhos, que era o nosso combinado, terão que ter os nomes que nós já
tínhamos escolhido. O menino vai ser Rivonildo e a menina, Rivonalda.
Nestes
poucos dias eu consegui saciar um desejo. É que quando eu era um simples mortal
alimentava um sonho de conhecer outras partes do mundo, mas não tinha recursos
e nem coragem de pedir meu irmão para custear as passagens. Agora, nesta minha
nova atividade, onde quer que um cristão rogue por min, lá irei, e assim vou
vendo outros países....”
Nesta
hora foi interrompido porque seu prazo de visita acabara e o dever o chamava.
Assim ele retornou para a morada onde espera, um dia, reencontrar todos nós.
E assim aconteceu. Não duvide, pois é a mais pura verdade.
P.S.: Causo sujeito a alteração. Reprodução Proibida, divulgação, não!
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